Semana passada, enquanto observava meu sobrinho andar de bicicleta na rua, me peguei pensando: ser pai ou mãe é viver com medo o tempo todo, né? Medo de a criança se machucar, medo do mundo machucá-la, medo de perder, de frustrar.
E como projetamos, mesmo que inconscientemente, nossos medos nessa criança que geralmente NÃO TEM MEDO DE NADA! O HD está zerado…
Será que é justo projetar nossos medos nas crianças? Como isso impacta o futuro dela?
Isso me levou a outra reflexão: além dos medos, os pais também projetam suas expectativas e sonhos para o futuro dos filhos.
E aí está o ponto crítico: o mundo de alguns pais desaba quando as escolhas do filho(a) vão contra o que eles imaginaram. Pior ainda, como lidar quando essas escolhas vão contra seus valores? “Onde foi que eu errei?” é o que muitos pensam, né?
Algumas famílias tentam evitar ou esconder certas realidades, ambientes e pessoas que consideram não ser adequados para seus filhos. Mas até que ponto isso faz sentido?
Hoje, vivemos em um mundo onde o acesso à informação é inevitável. Mais cedo ou mais tarde, essa criança terá contato com tudo aquilo que tentamos evitar — e, se não estiver preparada, pode não saber como lidar. Então, talvez o melhor caminho não seja esconder o mundo dos nossos filhos, mas prepará-los para ele!
Escolher os amigos que farão, controlar os ambientes que frequentarão, as coisas que irão consumir — nada disso está totalmente sob nosso controle. No fim das contas, esconder o mundo não fortalece nossos filhos; ensiná-los a lidar com ele, sim.
Proibir para proteger é um caminho natural, mas o melhor que podemos fazer — por mais difícil que seja reconhecer — é ensiná-los a:
- Encarar seus medos
- Assumir seus erros
- Aprender a lidar com seus problemas
- Ter princípios
- Compreender seu valor e seu papel no mundo
Mas se eu, como responsável, não tenho controle sobre os fatores externos, o que posso fazer pelo futuro do meu filho(a)?
- Fortaleça-se para ser um adulto saudável, forte e aberto ao diálogo. Seja um exemplo.
- Troque tempo de tela por tempo de qualidade: leia, cozinhe, pinte, dance, corra, exercite-se com seu filho.
- Parques e bibliotecas também são uma alternativa interessante para fugir do shopping, explore lugares que sua família goste de frequentar.
- Busque cursos, livros, vídeos e podcasts que te ajudem a evoluir como pai ou mãe.
É no simples que criamos as melhores memórias afetivas!
Não existe fórmula mágica ou receita de bolo. O que existem são pais e mães que amam seus filhos e querem o melhor para eles — mesmo que isso signifique desafiar crenças, preconceitos e muito mais.
Criar filhos felizes e fortes emocionalmente pode ser desafiador para os pais, por isso, recomendo o treinamento Jeito de Viver Família, da nossa diretora pedagógica Letícia Dorighello. Clique aqui para conhecer o treinamento.
Curiosamente, eu não tenho filhos, mas tenho minha criança do coração: meu afilhado. E, como tia e madrinha, também me pergunto qual será minha influência no adulto que ele vai se tornar. Quero ser um bom exemplo de ser humano. Afinal, penso que esse é o maior presente e legado que podemos dar às crianças que amamos.
Espero que este conteúdo tenha feito sentido para você e que ele seja útil para a sua família!
Com carinho,
Jacqueline Silva
Marketing