Equilibrar trabalho e filhos exige apoio e consciência

Trabalhar fora e ser mãe ao mesmo tempo continua sendo uma realidade desafiadora para muitas mulheres. A rotina intensa, os compromissos profissionais e a responsabilidade pela criação dos filhos exigem um esforço diário para manter o equilíbrio emocional e físico. Segundo pesquisa da Ticket, quase metade das mães relatam sobrecarga nos cuidados com os filhos, número muito superior ao dos pais, mesmo entre casais que dividem o lar. E para 36% das mães casadas, a sensação é de que são as únicas responsáveis pela educação e rotina familiar.

Essa percepção, além de afetar a saúde mental, interfere diretamente na carreira. Mulheres com filhos pequenos sentem que evoluem mais devagar profissionalmente. Dados da consultoria Elliott Scott HR Brasil mostram que 69% delas acreditam que têm menos oportunidades de crescimento no trabalho. Além disso, 39% já perderam alguma chance profissional por causa da maternidade. A sensação de que a chegada dos filhos representa uma limitação profissional reforça um problema cultural que ainda precisa ser enfrentado com urgência.

Mesmo diante desse cenário, há espaço para viver a maternidade de forma plena. Com apoio, empatia e escolhas conscientes, é possível encontrar um caminho que valorize tanto o crescimento profissional quanto os vínculos afetivos. “O equilíbrio entre maternidade e carreira não está na perfeição, mas na capacidade de adaptar rotinas e prioridades, sempre respeitando os limites de cada fase”, observa Letícia Dorighello, diretora pedagógica do Colégio Prígule, de São Paulo.

Nesse processo, a escola tem papel fundamental. Quando acolhe as famílias, mantém uma comunicação próxima e entende as necessidades dos pais, especialmente das mães, ela se torna uma parceira valiosa no dia a dia. Isso fortalece a confiança e dá segurança à mulher para continuar sua trajetória profissional com mais tranquilidade.

Além disso, o ambiente familiar precisa ser um espaço de diálogo e corresponsabilidade. A divisão justa das tarefas domésticas e do cuidado com os filhos é essencial para evitar a sobrecarga feminina. Essa mudança começa em casa, mas deve se estender para o mercado de trabalho, onde ainda são poucas as empresas que adotam políticas verdadeiramente inclusivas para mães.

Autoconhecimento também é uma peça-chave nesse equilíbrio. Saber reconhecer limites, abrir espaço para o autocuidado e entender que cada escolha tem seu tempo e contexto são atitudes que ajudam a reduzir a culpa e o cansaço. A maternidade traz habilidades que enriquecem a vida profissional — como organização, liderança, escuta ativa e resiliência. Quando essas qualidades são valorizadas, mães profissionais se tornam ainda mais potentes.

Viver a maternidade com plenitude, mesmo com uma rotina cheia de compromissos, não é fácil. Mas é possível, desde que haja rede de apoio, diálogo aberto e políticas que respeitem a realidade das mulheres. Com equilíbrio e empatia, a maternidade e a carreira não precisam ser forças opostas — elas podem se complementar e enriquecer mutuamente.

Para saber mais sobre equilíbrio entre carreira, maternidade e educação, visite https://rhpravoce.com.br/colab/maternidade-e-carreira-desafios-e-possibilidades e https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/maternidade-e-carreira-a-busca-pelo-equilibrio/

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