Recolher os brinquedos do cachorro, encher o pote de água do gato ou lembrar do horário da alimentação do coelho são tarefas simples que podem se tornar grandes lições para as crianças. Incluir os pequenos na rotina de cuidados de um animal de estimação é uma forma prática e afetiva de ensinar responsabilidade, empatia e comprometimento. Quando feito com a devida supervisão, esse envolvimento contribui diretamente para o desenvolvimento emocional e social da criança.
O convívio com animais também estimula o afeto, o respeito ao outro e a capacidade de perceber sentimentos e reações. Ao aprender que o pet sente dor, medo, fome ou alegria, a criança desenvolve uma compreensão mais profunda das necessidades dos seres vivos. Essa sensibilidade fortalece a empatia, habilidade essencial para a formação de vínculos saudáveis com outras pessoas.
Além do aspecto emocional, o cuidado com um animal ajuda na criação de rotinas. Alimentar o bichinho em horários determinados, limpar seu espaço e dedicar um tempo ao convívio ensinam organização, constância e noção de compromisso. “A convivência com um animal de estimação convida a criança a sair do centro das atenções para observar o outro com atenção e respeito”, destaca Letícia Dorighello, diretora pedagógica do Colégio Prígule, de São Paulo.
É importante que os pais estejam atentos à idade e à maturidade da criança antes de delegar tarefas. Crianças menores podem começar com atividades mais simples, como oferecer petiscos ou escovar o pelo, enquanto as maiores podem ajudar com passeios, higiene e até acompanhar visitas ao veterinário. A participação deve ser gradual, sempre levando em conta a segurança do animal e da criança.
Outro ponto essencial é o diálogo sobre o comportamento do animal. Ensinar a criança a respeitar o tempo e o espaço do pet — sem puxões, sustos ou brincadeiras inadequadas — ajuda a prevenir acidentes e fortalece o vínculo de confiança entre eles. A criança precisa entender que o animal não é um brinquedo, e sim um ser que merece cuidado e carinho constantes.
A escolha do animal também deve considerar a realidade da família. Cães demandam mais tempo e interação; gatos são mais independentes, mas exigem atenção com a limpeza. Animais menores, como peixes ou roedores, têm cuidados mais simples, mas menos interação. Independentemente da espécie, é fundamental que toda a família esteja envolvida e disposta a cuidar do novo integrante.
Participar ativamente da vida de um animal de estimação ensina mais do que apenas regras de convivência. Ensina sobre amor, paciência, compromisso e respeito. Valores que, levados para a vida adulta, fazem toda a diferença na formação de cidadãos mais conscientes e humanos.
Para saber mais sobre animal de estimação, visite https://www.dentrodahistoria.com.br/blog/familia/animais-de-estimacao-para-criancas/ e https://revistacrescer.globo.com/criancas/comportamento/noticia/2023/03/7-motivos-para-as-criancas-terem-um-animal-de-estimacao.ghtml