A tosse seca é um incômodo frequente na infância, especialmente nos meses mais frios e secos do ano. Sem secreção e geralmente acompanhada de irritação na garganta, ela pode atrapalhar o sono, o apetite e a rotina das crianças. Embora muitas vezes seja causada por gripes leves, também pode indicar alergias, asma ou reações a fatores ambientais como poeira, poluição e ar-condicionado.
Nem sempre é fácil para os pais identificarem a origem da tosse. Por isso, é importante observar se ela surge em momentos específicos, como ao deitar, ao brincar ao ar livre ou após exposição a odores fortes. A presença de chiado, falta de ar ou tosse noturna persistente pode apontar para causas alérgicas ou asmáticas. Já a tosse associada a infecções respiratórias, mesmo após a melhora da febre, pode permanecer por mais tempo devido à sensibilidade das vias aéreas. “Para muitas famílias, a prevenção começa dentro de casa, com cuidados simples que reduzem os riscos de irritação nas vias respiratórias”, destaca Letícia Dorighello, diretora pedagógica do Colégio Prígule, de São Paulo.
Entre os hábitos que fazem diferença, manter a hidratação da criança é um dos mais eficazes. Beber água regularmente ajuda a manter a garganta umedecida e alivia o desconforto. Usar um umidificador no quarto ou fazer inalações com soro fisiológico também pode reduzir bastante as crises, principalmente quando o clima está seco.
Além disso, é essencial cuidar do ambiente. Evitar acúmulo de poeira, manter o quarto limpo, lavar com frequência as roupas de cama e evitar pelúcias em excesso são medidas simples, mas poderosas. Caso a criança tenha alergia a ácaros ou pólen, usar capas antialérgicas nos travesseiros e colchões pode ajudar a reduzir os sintomas. Em dias de alta poluição, o ideal é manter as janelas fechadas e evitar passeios ao ar livre.
Outro ponto importante é o sono. Dormir com a cabeça um pouco elevada pode aliviar a tosse noturna, principalmente quando há gotejamento pós-nasal. Esse cuidado também facilita a respiração, proporcionando noites mais tranquilas.
Alimentação equilibrada, exposição diária ao sol por alguns minutos e prática regular de atividade física são atitudes que fortalecem a imunidade e diminuem as chances de infecções respiratórias.
Mesmo com todos os cuidados, se a tosse persistir por mais de uma semana ou vier acompanhada de febre, prostração ou dificuldade para respirar, é fundamental procurar o pediatra. Só um profissional poderá indicar o tratamento mais adequado e seguro para cada caso.
Para saber mais sobre tosse seca, visite https://vidasaudavel.einstein.br/tosse-em-criancas/ e https://institutopensi.org.br/blog-saude-infantil/tosse-infantil-como-saber-quando-e-grave/