Rotina estruturada e sono adequado são dois dos fatores que mais impactam na capacidade de concentração das crianças. Quando os horários são irregulares e o descanso não é suficiente, o cérebro tem mais dificuldade para manter o foco e processar informações. Por isso, dormir bem, com uma média entre nove e onze horas por noite (dependendo da idade), é uma das formas mais eficazes de garantir atenção plena nas atividades diárias.
Outro ponto fundamental é a alimentação. A ausência de nutrientes essenciais pode afetar diretamente o desempenho cognitivo. Alimentos ricos em ômega 3, ferro, zinco e vitaminas do complexo B ajudam na memória e no raciocínio. Frutas, vegetais, ovos, peixes e oleaginosas são boas escolhas. Evitar açúcar em excesso e alimentos ultraprocessados também é importante, já que eles contribuem para a queda de energia e aumentam a agitação. “Quando a criança desenvolve uma rotina consistente e equilibrada, sua mente se organiza com mais facilidade e a concentração se torna mais natural”, afirma Letícia Dorighello, diretora pedagógica do Colégio Prígule, de São Paulo.
Ambientes calmos e organizados também fazem diferença. Estudar em locais com ruído constante, excesso de brinquedos ao redor ou telas acessíveis a todo momento prejudica a continuidade das tarefas. Ter um cantinho dedicado ao estudo, com boa iluminação e todos os materiais necessários à mão, evita distrações e interrupções que atrapalham a linha de raciocínio.
Outra prática recomendada é a técnica dos blocos de tempo. Dividir o estudo em períodos curtos, intercalados com pequenas pausas, ajuda o cérebro a manter a atenção. Conhecida como técnica Pomodoro, essa estratégia tem como base ciclos de 25 minutos de atividade intensa seguidos por pausas de cinco minutos — e funciona bem tanto para crianças quanto adolescentes.
Atividades que envolvem raciocínio e memória, como quebra-cabeças, jogos de tabuleiro e desafios lógicos, também estimulam o foco de forma divertida. Além disso, a leitura continua sendo uma das ferramentas mais poderosas para desenvolver atenção prolongada. Escolher livros que despertem o interesse da criança torna o processo natural e envolvente.
Nos últimos anos, o mindfulness — ou atenção plena — tem ganhado espaço em ambientes escolares e familiares. Exercícios simples de respiração, meditação guiada e concentração no momento presente ajudam a reduzir a ansiedade e melhorar a capacidade de manter o foco.
É natural que as crianças tenham momentos de distração. No entanto, quando a dificuldade em manter a atenção se repete com frequência e prejudica o aprendizado, pode ser interessante procurar orientação especializada. Em alguns casos, fatores emocionais ou transtornos como o TDAH precisam ser considerados com o apoio de profissionais.
Para saber mais sobre concentração, visite https://www.ninhosdobrasil.com.br/concentracao-nos-estudos-como-ajudar-seu-filho-a-manter-o-foco e https://brasilescola.uol.com.br/dicas-de-estudo/10-dicas-para-melhorar-concentracao-nos-estudos.htm
