Aprender a cozinhar um prato simples, experimentar os primeiros desenhos em aquarela, montar uma horta caseira ou se arriscar nos primeiros acordes de um instrumento. As férias oferecem um terreno fértil para que crianças e adolescentes descubram prazeres e talentos escondidos em atividades que, ao longo do ano letivo, muitas vezes não encontram espaço. Desenvolver hobbies nas férias é uma forma de estimular a autonomia, a criatividade e o bem-estar dos jovens, sem a pressão por resultados ou desempenho.
Com mais tempo livre e menos exigências, os jovens podem se dedicar a atividades escolhidas por vontade própria. Essa liberdade de escolha faz com que o processo seja mais leve e prazeroso. Ao se envolver com algo que despertou interesse genuíno, a criança tende a se engajar com mais foco e entusiasmo — o que, por sua vez, favorece o desenvolvimento de diversas habilidades emocionais e cognitivas. A diretora pedagógica do Colégio Prígule, em São Paulo, destaca a importância desse incentivo. “Quando há espaço para o interesse espontâneo, o hobby pode se transformar em uma ferramenta valiosa de aprendizado e expressão pessoal”, afirma Letícia Dorighello.
A tecnologia pode ser aliada nesse processo. Plataformas digitais oferecem vídeos e tutoriais sobre praticamente qualquer tema: de desenho e fotografia a jardinagem, escrita criativa, mágica e programação. Com o direcionamento adequado, esse acesso pode ampliar as possibilidades de exploração e ajudar os jovens a se aprofundarem naquilo que mais gostam.
Além dos benefícios práticos — como melhorar a coordenação, desenvolver a paciência ou aprender a se organizar —, os hobbies fortalecem a autoestima. Cada nova conquista, por menor que pareça, representa uma experiência de superação. E isso contribui para que a criança reconheça o próprio valor, aprenda a lidar com erros e tenha mais confiança para tentar outras coisas no futuro.
O envolvimento da família também faz diferença. Pais que se mostram dispostos a participar das atividades ou simplesmente a apoiar as escolhas dos filhos contribuem para o fortalecimento do vínculo afetivo. Mesmo que não dominem a atividade, o gesto de compartilhar o tempo e valorizar o esforço já é suficiente para incentivar.
Manter o hobby após o fim das férias também é possível, mesmo que com menos tempo. Um momento aos fins de semana, um clube de leitura, uma aula extracurricular ou apenas alguns minutos de prática em casa podem garantir a continuidade do interesse. Isso reforça que aquele tempo dedicado a um interesse pessoal é legítimo e merece espaço na rotina.
As férias não precisam ser apenas um intervalo entre dois semestres. Podem ser um período de construção, onde novos interesses surgem, vínculos são reforçados e talentos ganham forma. E os hobbies, quando incentivados com afeto e liberdade, são um dos caminhos mais ricos para que isso aconteça.
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