O medo infantil é uma emoção natural que acompanha o crescimento da criança e desempenha um papel essencial na proteção contra riscos reais. Desde os primeiros meses de vida, é possível notar reações de susto e desconforto diante de situações desconhecidas. Conforme a criança cresce, seus medos evoluem de acordo com sua maturidade e experiência, podendo incluir o medo do escuro, de se separar dos pais ou de figuras imaginárias. No entanto, quando o medo se torna excessivo e afeta a rotina, ele pode indicar uma necessidade de atenção especial.
Entender a diferença entre um medo comum e uma fobia é fundamental. O medo geralmente surge diante de um estímulo específico e desaparece com o tempo ou com a exposição gradual à situação. Já a fobia é uma reação extrema e irracional, que pode se manter por longos períodos e interferir significativamente no bem-estar da criança. “Os medos fazem parte do crescimento infantil, mas é importante que os pais saibam diferenciar reações passageiras de dificuldades persistentes que merecem atenção”, destaca Letícia Dorighello, diretora pedagógica do Colégio Prígule, de São Paulo (SP).
A manifestação dos medos varia conforme a idade. Bebês podem apresentar angústia quando separados dos pais, enquanto crianças pequenas frequentemente temem barulhos altos ou figuras imaginárias. Já na fase escolar, os medos tendem a se basear em situações mais concretas, como acidentes, provas e perdas familiares. Identificar esses padrões ajuda os pais a acolher e apoiar seus filhos de maneira mais eficaz.
Para ajudar a criança a superar seus medos, o diálogo é essencial. Permitir que ela expresse seus sentimentos sem minimizar suas preocupações contribui para a construção da segurança emocional. Contar histórias que abordam o enfrentamento do medo e apresentar exemplos positivos também podem ser estratégias eficazes. Além disso, é importante evitar reforços negativos, como utilizar ameaças para controlar o comportamento infantil. “O medo precisa ser compreendido e trabalhado com respeito e paciência. Acolher a criança e oferecer suporte é essencial para que ela desenvolva confiança“, complementa Letícia Dorighello.
Outro recurso útil é a exposição gradual, ou seja, a aproximação progressiva ao objeto ou à situação temida, sempre de forma segura e respeitando o tempo da criança. Técnicas de relaxamento, como respiração profunda, também podem ajudar a controlar a ansiedade nesses momentos.
Quando o medo começa a afetar significativamente a rotina da criança, interferindo no sono, na socialização ou nas atividades escolares, pode ser necessário procurar um especialista. Psicólogos infantis estão preparados para oferecer suporte adequado e ajudar a criança a desenvolver estratégias de enfrentamento para lidar melhor com suas emoções.
Para saber mais sobre medo infantil, visite https://leiturinha.com.br/blog/medo-alem-do-normal/ e https://www.vittude.com/blog/medo-infantil-como-trabalhar-psicologo/