O essencial na farmacinha das crianças

Uma farmacinha bem-organizada é importante para qualquer família, mas quando se trata de crianças, a atenção precisa ser ainda maior. O organismo infantil responde de forma diferente aos medicamentos e, por isso, nem todo remédio usado por adultos pode ser oferecido aos pequenos. Ter em casa apenas o que é seguro e indicado por um médico é o primeiro passo para garantir mais tranquilidade diante de situações inesperadas.

Febre, dores leves, alergias e pequenos acidentes são ocorrências comuns na infância. Nessas horas, é comum os pais recorrerem à farmacinha para aliviar sintomas até conseguir atendimento médico. No entanto, o cuidado com a automedicação deve ser redobrado. Cada faixa etária exige doses específicas, e o uso indevido pode levar a efeitos adversos graves — desde reações alérgicas até intoxicações.

Segundo Letícia Dorighello, diretora pedagógica do Colégio Prígule, de São Paulo, a melhor conduta é sempre agir com orientação profissional. “É essencial que os pais não improvisem quando se trata da saúde das crianças. O acompanhamento médico é o que garante segurança em qualquer tratamento”, afirma.

Na prática, a farmacinha infantil deve conter poucos medicamentos e todos precisam ter sido prescritos por um pediatra. Antitérmicos e analgésicos infantis são os mais comuns, assim como soluções de reidratação oral para quadros de diarreia ou vômitos. Se a criança já teve reações alérgicas diagnosticadas, um antialérgico prescrito pode ser incluído. Nenhum desses medicamentos, porém, deve ser usado sem uma orientação médica clara.

Além dos remédios, a farmacinha precisa conter itens de apoio que fazem diferença na hora de agir com segurança. Seringas dosadoras, termômetros, gaze, soro fisiológico, curativos adesivos e um álcool a 70% são exemplos. Esses materiais ajudam a cuidar de pequenos ferimentos e permitem uma administração mais precisa das medicações.

Outro ponto fundamental é a atenção ao prazo de validade. Medicamentos vencidos devem ser descartados corretamente, nunca usados. Além disso, tudo deve ser mantido fora do alcance das crianças, em um local seco e protegido da luz. Esses cuidados simples evitam acidentes domésticos e garantem que o conteúdo da farmacinha esteja sempre em condições de uso.

Observar a criança após tomar qualquer medicamento também é essencial. Reações como vermelhidão, vômito, sono excessivo, coceira ou inchaço podem indicar uma reação adversa. Nesse caso, o remédio deve ser suspenso e o pediatra consultado imediatamente. Ter um pequeno registro com o nome do remédio, a data e qualquer reação observada ajuda a evitar novas exposições a substâncias que causaram problemas.

Para saber mais sobre remédios para crianças, visite https://oglobo.globo.com/saude/saiba-quais-sao-os-riscos-de-usar-remedios-em-criancas-sem-orientacao-pediatrica-5106276 e https://brasilescola.uol.com.br/saude-na-escola/perigos-da-automedicacao-em-criancas.htm

 

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